segunda-feira, 1 de abril de 2019

Jamie Cullum (publicado em Repórter Sombra a 13/2- última colaboração)


O rapaz tem ritmo e é homem dos sete instrumentos. Pode não parecer, mas é muito rodado (em instrumentos, bandas e cultura musical). Como diria um certa canção, “nasceu para a música”.
Jamie Cullum nasceu a 20 de agosto de 1979 em Rochford (Essex), a 70 km de Londres, mas foi criado em Chippenham (Wiltshire), no sudoeste de Inglaterra. O seu pai nasceu em Jerusalém (tendo a família fugido da Alemanha nazi) e a sua mãe na Birmânia (actualmente Myanmar), filha de pai indiano e mãe birmanesa.
Tem um irmão mais velho que também é músico, e é casado com uma neta do grande Roald Dahl (escritor de Charlie e a Fábrica de Chocolates, Matilda, O Fantástico Sr Raposo...).
Completou na Universidade de Reading a licenciatura sobre Literatura Inglesa e Estudos Cinematográficos.

A primeira vez que ouvi Jamie Cullum, foi em Everlasting Love, uma canção com pelo menos uma dúzia de covers, e gostei do estilo jazzy e retro, mas muito fluído e moderno. A parti daí comecei a descobri-lo para trás e em frente em simultâneo.
Everlasting Love faz parte da banda sonora de O Diário de Bridget Jones, mas na discografia de Cullum pertencia a Twentysomething, não o seu primeiro trabalho, mas com o qual começaria a ter o devido reconhecimento como cantor e autor.
Cullum não teve educação formal em música, mas pôs as mãos em diversos instrumentos cedo, na sua infância e adolescência. Começou pela guitarra, foi baterista em bandas rock e finalmente chegou à conclusão que teria que se atirar ao teclado (do piano). Aprendeu a tocar “de ouvido” e até hoje não sabe ler música.
Em vez do pouco confortável banco utilizado exclusivamente para tocar piano, costuma utilizar o banco com que tocava bateria (visível nalgumas fotografias, com padrão tigrado). Tem também uma caixa de madeira que amplifica a batida do seu pé (stomp box).

Cullum produziu o seu primeiro álbum, Heard It All Before, com 480 libras, em 1999. Dele constavam vários clássicos do Great American Songbook. É hoje considerado um raridade.
Após a licenciatura, lançou Pointless Nostalgic (2002), com uma mistura de originais e covers de clássicos com novos arranjos. Destaco “It Ain't Necessarily So” (Gershwin), com um componente de percussão/contrabaixo geniais, e “High and Dry”, no contemporâneo/fusão.
Em 2003 chega Twentysomething, que inclui standards, covers de clássicos dos quais destaco ”I could Have danced All Night” (My Fair Lady) pela percussão e génio da guitarra electrica com um pingo de hip-hop, “The Wind Cries Mary” (Jimi Hendrix)e o original dos irmãos Cullum “All At Sea”.
Já considerado o melhor intérprete de jazz britânico, lança Catching Tales (2005), álbum de originais e de colaborações, com Dan the Automator e Pharrell Williams. Destaco “Get your Way”, na vertente hip-hop e “Photograph”, num registo mais intimista.
The Pursuit (2009) é infamemente conhecido pelas aparentes explosões de pianos de cauda na promoção. Mas não vive só da infâmia: excelente cover de “Don't Stop the Music” (Rhianna) e que dizer de “Gran Torino” (música de Clint Eastwood, do filme homónimo)...
Em 2010 pássa a ter o seu próprio programa de rádio semanal na BBC2.
Sobre Momentum (2013), Jamie Cullum diz ser acerca do período onde se tem um pé nas fantasias de infância e outro no mundo de responsabilidades dos adultos. Destaca-se a cover ”Pure Imagination” e os originais “Everything you didn't” do e “You're not the only one”.
Interlude (2014) é um álbum de covers de luxo, com colaborações de Laura Mvula e Gregory Porter.
The Song Society Playlist foi lançada no final de 2018, em formato digital. Os seguidores (como eu), do canal YouTube de Cullum têm visto e ouvido algumas canções nos últimos anos, que seguem as seguintes regras: 1) escolhe uma canção que adores ou pela qual estejas fascinado; 2) aprende-a e grava-a numa hora; 3) não é permitida preparação prévia; 4) ama e vive(aprende) com os erros.
Eis o link, as canções falam mais que mil textos:



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